O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose (açúcar) no sangue devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina — hormônio responsável por permitir que a glicose entre nas células para ser usada como fonte de energia.
Tipos de Diabetes:
- Diabetes Tipo 1:
Doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Costuma surgir na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade. Exige tratamento com insulina desde o início. - Diabetes Tipo 2:
Mais comum, ocorre geralmente em adultos, estando associada à obesidade, sedentarismo e histórico familiar. Há resistência à insulina e/ou produção insuficiente do hormônio. Pode ser controlado com mudanças no estilo de vida e medicações orais, mas, em alguns casos, exige uso de insulina. - Diabetes Gestacional:
Desenvolve-se durante a gravidez, geralmente no segundo ou terceiro trimestre. Pode desaparecer após o parto, mas aumenta o risco de diabetes tipo 2 no futuro tanto para a mãe quanto para o bebê. Requer acompanhamento rigoroso. - Diabetes LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults):
Forma autoimune de diabetes com início mais lento que o tipo 1, afetando adultos. Inicialmente pode ser confundida com o tipo 2, mas evolui para dependência de insulina com o tempo. - Diabetes MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young):
Causado por mutações genéticas, é raro e geralmente diagnosticado antes dos 25 anos. Pode ser tratado com medicamentos orais e tem características diferentes dos tipos mais comuns.
Tratamento:
O tratamento do diabetes é individualizado e depende do tipo da doença e das condições clínicas do paciente. Entre as abordagens estão:
- Mudanças no estilo de vida: alimentação balanceada, prática regular de atividade física, cessação do tabagismo e controle do peso corporal.
- Medicações orais: como metformina, sulfonilureias, inibidores da DPP-4, SGLT2, entre outros — geralmente indicadas para o tipo 2.
- Insulinoterapia: obrigatória no tipo 1 e, em muitos casos, indicada também no tipo 2, LADA e gestacional.
- Monitoramento frequente da glicemia capilar ou uso de sensores contínuos.
- Educação em diabetes: fundamental para garantir adesão ao tratamento e prevenir complicações a longo prazo.
O acompanhamento com um médico endocrinologista é essencial para o diagnóstico preciso, ajuste do tratamento e prevenção de complicações como neuropatia, retinopatia, nefropatia e doenças cardiovasculares.